sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Nada


está chovendo

meus planos vão se auto-excluindo

minha tristeza aumenta

como tudo que vai existindo

a chuva purifica minha alma,

apesar de não ser uma tarefa fácil

as lembranças vêem á tona

para que você as reveja

e pense no que fez

uma garota imatura

que apesar de sua igênuidade

já viveu muita coisa

perdeu sua inocência cedo

com medo de

que não desse tempo de concluir suas vontades

pois a morte lhe roubava os pensamentos

como se roubava um doce

o céu cinzento a inspirava

a escrever suas palavras mais sinceras

a tentar demonstrar seu lado obscuro

que ninguém sabia de sua existência

o vento lhe tocava a face friamente

com seu som de tristeza

o que fazia ela cada vez mais se afundar em suas mas lembranças

coisas que antes não parecia fazer sentido

hoje tem muita importância

carregada de magoas e arrependimentos

ela queria poder voltar no passado

para refazer alguns capítulos de sua vida

e terminar outros

para que assim, ter uma vida normal

mais apesar de sua ingenuidade

saiba que isso não era possível

apenas repousando em um tumulo frio e sereno

isso poderia ser talvez concebido

ela tinha curiosidade aguça

para saber como era a morte

isso a consumia,

não apenas isso.. muitos outros problemas

como fora abandonada psiquicamente e fisicamente

não viu saída

concluiu então

que sua participação na terra

estava ali concluída

hoje ela não existe mais...

uma morte fria a carregou

promentendo vingança

aos que a fez sofrer

escolheu aquele caminho

pois não sabia que era o errado

não foi falta de sabedoria

mais sim

falta de escolhas....

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